Já discutimos a questão dos blogueiros, e o risco de uma pessoa que se acha jornalista publicar notícias de forma erronia. A discussão pode ser retomada, agora pelo viés da internet como um todo. Fatos que quase ninguém repara: as fontes de informações publicadas na net, dificilmente aparecem nos textos. Apenas sites de grandes veículos têm essa preocupação. Ainda sim estão propícios a erros.
Pela necessidade de publicações constantes, a internet acaba falhando no quesito: apuração. Exemplo forte disso, foi o caso da brasileira que disse ter sido agredida por um grupo racista na suíça. A barriga que o G1, e a globo – em geral, teve não só colocou em risco a credibilidade da emissora e do grupo de comunicação, como também gerou um problema diplomático entre os dois países.
Antes mesmo que fossem checadas, as informações relatadas pela brasileira, o site postou a certeza da agressão ressaltando ao máximo a preocupação e indignação da família da moça, que até então estava no Brasil, e não tinha ainda conversado com a possível vítima. Foram registradas opiniões de políticos, inclusive do presidente da república.
Com pouco mais de dois dias, a verdade veio à tona: não houve agressão. A moça era doente depressiva e havia inventado desde uma gravidez até uma violência que não foi sofrida. O site, e toda a equipe de jornalismo, tiveram que voltar atrás em suas primeiras informações e tentar abafar ao máximo seu erro de apuração. A pressa mais uma vez se fez inimiga cruel do jornalista.E a internet, embora rápida e coesa, não é a melhor fonte de pesquisa, quando o assunto é jornalismo.
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